Como faço para aprender a perdoar?

Limitado pela falta de perdão

Alguns anos atrás, quando eu estava enchendo meu carro com gasolina, observei um cara enrolar a coleira de Doberman em um banco de cimento enquanto entrava em uma loja de conveniência próxima. Enquanto seu dono estava dentro da loja, algo assustou o cachorro e ele começou a puxar a coleira. O Doberman estava tão agitado que puxou com força suficiente para puxar aquele banco de concreto para o trânsito em sentido contrário. O trânsito tentou contorná-lo, mas vários veículos colidiram com o banco. O dano colateral foi épico.

Minha observação é que muitos de nós somos como aquele Doberman. Estamos arrastando um banco de parque metafórico enquanto as pessoas estão sentadas nele, causando danos colaterais. Você é como aquele Doberman? Será que você está preso à falta de perdão? Essas são as pessoas que precisamos perdoar.

A quem eu preciso perdoar?

Talvez seja um pai, professor ou treinador. Talvez seja alguém que se aproveitou de você e o machucou física, emocional ou espiritualmente. Poderia ser seu ex-cônjuge sentado neste banco? Essa pessoa ainda está viva hoje?

Quem você está arrastando?

Encontrando o perdão

Liberar o perdão não é natural. É muito interessante porque, quando somos levados à falta de perdão, não apenas arrastamos as pessoas, mas também temos esses sentimentos de ressentimento, raiva e animosidade.

Em blogs anteriores, falamos sobre crianças adultas. Infelizmente, em nossa cultura, queremos que as crianças ajam como adultos, mas quando elas crescem, os adultos agem como crianças. Poderia ser o resultado de talvez uma situação de divórcio? Talvez uma situação em que houvesse algum tipo de dependência, abuso ou disfunção? E isso traz muita bagagem, o que faz com que fiquemos amarrados. Queremos fazer com que a outra pessoa pague. Como o Doberman, giramos o banco ao redor e causamos danos.

Mas você sabe o que? Quando somos levados à falta de perdão, estamos colocando a coleira nas mãos de outras pessoas e elas controlam nossas vidas. 

Aprendendo a perdoar

Simão Pedro, um dos doze discípulos de Jesus, queria mostrar aos outros o quanto ele era espiritual. Como nós, Simão Pedro provavelmente foi traído e ferido por outros.

Lemos em Mateus 18:21: “Então Pedro veio até ele e perguntou: 'Senhor, quantas vezes meu irmão pecará contra mim e eu o perdoarei e o deixarei ir? Até sete vezes? '” Durante esse período, os rabinos ensinaram que o perdão só deveria ser dado três vezes. Então Pedro deve ter se sentido muito justo ao se oferecer para perdoar sete vezes.

Mas vamos ler o que Jesus respondeu. “Jesus lhe respondeu: 'Eu te digo, não até sete vezes, mas setenta vezes sete. '” (AMP) Aposto que Simon Peter ficou surpreso. Perdoar 490 vezes? Todos os dias? Jesus não estava sendo tão específico. Seu argumento era que o perdão não deveria ser contabilizado e terminar em um determinado momento.

O significado do perdão

Simon Peter fez algumas suposições sobre a falta de perdão. Ele achava que toda essa coisa de perdão era mais para a pessoa que te ofendeu do que para a pessoa que foi ofendida. Jesus mudou isso completamente.

Perdoar e lidar com a falta de perdão são mais para aqueles que foram ofendidos.

Você pode estar dizendo: “Bem, a pessoa sentada neste banco morreu há cinco anos”. E se você realmente pensar sobre isso, talvez as pessoas alinhadas no banco do seu parque tenham meio que saído. Eles nem percebem que o traíram, o machucaram ou o esfaquearam pelas costas. Perdão... é um assunto profundo.

E você sabe o que significa a palavra “perdoar” no idioma original? Significa liberar. Mesmo quando você não tem vontade, mesmo quando não gosta, mesmo quando não se sente espiritual, liberte-se. Para muitos de nós, talvez tenhamos que fazer isso a cada minuto, a cada hora, todos os dias por um tempo, até que o que aconteça? Nós sentimos isso. No entanto, tomamos a decisão. Como vontade de Deus, nós fazemos isso. E aqui está a melhor coisa: os sentimentos acabarão por surgir.

3 benefícios do perdão

1. Benefícios emocionais

Jó 5:2 diz: “O ressentimento mata o tolo e a inveja mata o simples”. (NIV). Recusar-se a liberar o perdão vai atrapalhar suas emoções. Mas quando você perdoa, você pode usar suas emoções para se livrar do ressentimento e da mágoa.

2. Benefícios relacionais

Efésios 4:32 diz: “Sejam bondosos e compassivos uns com os outros, perdoando uns aos outros, assim como em Cristo Deus os perdoou.” (NIV) Pense em seu cônjuge ou em seus amigos. Quando você nutre falta de perdão, seus relacionamentos sofrem. Por que você acha que o divórcio é tão predominante em nossa cultura atual?

3. Benefícios físicos

Provérbios 14:30 diz: “Um coração em paz dá vida ao corpo, mas a inveja apodrece os ossos”. (NIV). Romanos 12:19 diz: “Não se vinguem, meus queridos amigos, mas deixem espaço para a ira de Deus, pois está escrito: A vingança é minha; eu retribuirei, diz o Senhor.” Estudos mostram que guardar ressentimento e falta de perdão pode até mesmo afetar nossa saúde física. O perdão, por outro lado, pode libertá-lo de muitas doenças físicas que o mantêm preso e sofrendo.

Perdoando como Jesus nos perdoou

Jesus está nos perseguindo, assim como o dono do Doberman no meu exemplo. O homem pegou a coleira de seu cachorro e o libertou do banco de concreto que ele estava arrastando. Isso é o que Jesus fez na cruz por você e por mim. Ele olhou para você e disse: “Eu te perdôo”.

Esse é o evangelho. Essa é a boa notícia. Se você foi injustiçado sete vezes ou setenta vezes sete, Jesus perdoou sua dívida e abriu uma maneira de você perdoar os outros. Agora vá e faça o mesmo.

Próximas etapas

Peça ao Senhor que o guie na identificação de alguém que você precise perdoar. Em espírito de oração, entregue seus fardos relativos a essa pessoa ao Senhor. Ele pode levar você a buscar interação com eles, ou talvez não. De qualquer forma, você descobrirá uma cura imensa para sua alma ao liberar a falta de perdão e encontrará liberdade ao escolher o perdão.